domingo, 19 de abril de 2009

Os antigos escribas e a Palavra de Deus

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Escritos históricos, religiosos, jurídicos, acadêmicos e literários estavam sendo produzidos na Mesopotâmia quatro mil anos atrás. Escolas de escribas floresciam, e uma das matérias que ensinavam era copiar de maneira fiel os textos existentes. Eruditos atuais encontram apenas variações mínimas nos textos babilônicos copiados vez após vez por um milênio ou mais.

A profissão de escriba era prestigiada no Egito dos dias de Moisés. Esses especialistas copiavam constantemente obras literárias. Essa atividade é retratada em decorações de túmulos egípcios de mais de quatro mil anos. A The Oxford Encyclopedia of Archaeology in the Near East (Enciclopédia Oxford de Arqueologia no Oriente Próximo) diz o seguinte a respeito dos antigos escribas daqueles tempos remotos: “No segundo milênio AEC, eles haviam criado um cânon literário que descrevia as grandes civilizações da Mesopotâmia e do Egito e estabelecia um código de ética para o escriba profissional.” Esse “código de ética” incluía o uso de colofões anexados ao texto principal. Eles continham o nome do escriba e do proprietário da tabuinha, a data, a fonte do original do qual a tabuinha foi copiada, o número de linhas, e assim por diante. Em muitos casos, o escriba acrescentava: “Foi escrito e verificado de acordo com o original.” Esses detalhes indicam que os antigos copistas se preocupavam com a exatidão.

Moisés cresceu como membro da família de Faraó. (Êxodo 2:10; Atos 7:21, 22) De acordo com egiptólogos, a instrução que Moisés recebeu teria incluído dominar a escrita egípcia e pelo menos algumas das habilidades dos escribas. No seu livro Israel in Egypt (Israel no Egito), o professor James K. Hoffmeier diz: “Há razões para acreditar na tradição bíblica que atribui a Moisés a capacidade de registrar acontecimentos, compilar itinerários e executar outras funções de escriba.” A Bíblia também menciona outros no Israel antigo que exerciam o ofício de escriba

Apesar dos cuidados dos copistas da Bíblia, inevitavelmente alguns erros foram cometidos. Mas será que esses erros causaram mudanças de peso no texto bíblico? Não. Em geral, eles são insignificantes e não afetam a integridade da Bíblia como um todo, conforme comprovam as comparações críticas de manuscritos antigos.

Portanto, temos motivos para confiar que as Escrituras Sagradas foram transmitidas com exatidão desde a antiguidade. É exatamente como se expressou o inspirado profeta Isaías: “Secou-se a erva verde, murchou a flor; mas, quanto à palavra de nosso Deus, ela durará por tempo indefinido.” — Isaías 40:8.

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